quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

"... No momento eu só tenho um grande problema - é saudade de você - o resto é bobagem. (...)

Enquanto isso, vá me estendendo a mão, que eu preciso dela. Se você não diz nada, é porque há muita coisa dentro de você. Eu gostaria que você se confiasse um pouquinho mais a mim; É isso que eu chamo de jogo unilateral. Não pense que eu ando atrás só de "belas coisas simples" . Eu quero qualquer coisa, desconexa, contraditória, insegura, não tem importância , desde que seja sua. As definições redondas e grandiloqüentes, as coisas categóricas e acabadas não me satisfazem. Porque eu não sou assim.
Se não quiser dizer nada , também não faz mal, basta me estender a mão. (...)"

Carta de Maury Gurgel Valente à Clarice Lispector do livro "Correspondências".

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