quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dos Saberes...

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É nela que mora o desafio. Dentro. Num lindo lugar onde guarda todas as coisas bonitas da vida. Aprende todo dia que a felicidade acende sua luz quando a alma vibra numa frequencia macia pra acordar o riso. O tempo ensina que existe um terreno pantanoso também. Habitado por Gentes com fome de brilho do olhar e leveza de alma... Mas acreditar é uma palavra que ela gosta. Porque é simples, porque se importa com o que faz a vida cantar. E isso pode não importar a mais ninguém, mas não tem importância alguma. Porque ela gosta de rabiscar folhas por todo lado acreditando que isso tem algum significado. E tem. Sempre tem. Aprende que o egoísmo do Outro fala alto quando abafa a voz do amor de dentro. Talvez porque é venenoso, corrosivo. Mas esse mal, vai ter que engolir sozinho. Porque ela tem sua melhor aula com ela mesma: Que algumas coisas só se aprende com o tempo e que só com o tempo é que a gente começa a aprender.

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domingo, 24 de outubro de 2010

Cartola - O Mestre




U
ma viagem pelo morro da mangueira nos anos 30, no ensaio da escola, todos bem vestidos, nos "trinques". As pastorinhas cantando, sambando, rodando. Um cheiro de boemia no ar. A união de toda a comunidade num dia festivo.
Transformar todo esse sentimento em formas é o grande desafio.

Quem tem Cartola na mão, já sabe que tem MPB de black tie e tudo, vestida a Rigor, elegante e perfeita.

“Sinta minha obra. Faço samba, música para você guardar dentro de si eternamente, no seu coração e não apenas na sua coleção de discos” , Já dizia o Mestre. E ele conseguiu.







sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E como diria o meu Caio:






"Só preciso de alguns abraços queridos, A companhia suave, bate-papos que me façam sorrir, algum nível de embriaguez e a sincronicidade...''








E tenho dito.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dos Desejos...



Que todo mundo tenha um amor quentinho. Descanso pro complicado do mundo. Surpresa pra rotina dos dias. A quem esperar. De quem sentir saudades. Um nome entre todos. O verso mais bonito. A música que não se esquece. O par pra toda dança. Por quem acordar. Com quem sonhar antes de dormir. Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar. Um tema pra toda história. Uma certeza pra toda dúvida. Janela acesa em noite escura. Cais onde aportar. Bonança, depois da tempestade. Uma vida costurada na sua, com o fio compriiiiido do tempo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Caio F.







"Eu sei o que você pensa quando olha pra mim. Talvez se eu fosse mais comportada, falasse mais baixo e não chamasse tanta atenção. Talvez se eu bebesse um pouco menos, te desse menos trabalho e não fosse tão do agora. Talvez se eu não tivesse chegado tão perto, nem te tocado tão fundo, nem sido tão eu... talvez haveria alguma possibilidade."



[...]

domingo, 3 de outubro de 2010

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Eu sei que às vezes é quase irresistível não dar trela àquela voz traiçoeira, nossa velha conhecida, que nos incita a desistir dos nossos sonhos com ares de quem propõe a coisa mais bacana do mundo. Não nos esparramarmos, doídos pra caramba e também com algum conforto, na autopiedade, essa areia movediça ávida por engolir nosso lume.

Eu sei que às vezes é quase irresistível não desdobrar a lista de decepções que mantemos atualizada com zelo de colecionador para nunca nos faltar matéria-prima pra lamúria. Não relembrar sem economia de minúcias cada frustração vivida com o olhar amarrado e a tristeza viçosa que só fazem aumentar a dor da vez.

Eu sei que às vezes é quase irresistível não eleger um algoz e acentuar um pouquinho mais as nossas feições sofridas para as novas poses do nosso álbum de vítima. Não nos responsabilizarmos pela parcela de participação que nos cabe em boa parte das encrencas em que nos metemos, e que, se olharmos com olhos lúcidos, de preferência também lúdicos, às vezes nem é tão pequena como é mais fácil acreditar.

Eu sei que às vezes é quase irresistível não ficar morando na dor como se dor fosse casa de veraneio. Não arriscar um passo fora do terreno da nossa desesperança porque sentimos que nos sobra cansaço e nos faltam pernas. Eu sei que às vezes é quase irresistível. Eu sei que às vezes a gente não consegue mesmo resistir. E sei que quando não resistimos, está tudo bem: esse lugar também passa.

De apelo a apelo, vamos caindo e levantando ao longo da estrada, apurando o coração para tornar muito mais irresistível o nosso amor paciente e generoso por nós mesmos. Para desdobrar com maior frequência, na memória, a lista que conta as conquistas todas de que já fomos capazes, nós que tantas vezes parecemos tentar desmentir as nossas pérolas.

De apelo a apelo, vamos caindo e levantando ao longo da estrada, apurando o coração para fazer valer, na prática, o nosso respeito à oportunidade inestimável de estarmos aqui. A nossa intenção de não desperdiçar esse ouro que é o tempo, essa maravilha que é o corpo, essa graça que é a vida. Essa que, se olharmos com olhos lúcidos, de preferência também lúdicos, sempre inventa maneiras para se vestir de convite irrecusável de novo.



sexta-feira, 1 de outubro de 2010









Ah, se eu pudesse abrir a cabeça, tirar tudo para fora e arrumar direitinho como quem arruma uma gaveta...
















Pensamentos: melhor não tê-los.